Oooopa! O post de hoje foi inspirado levando em conta a greve das universidades federais neste ano de 2015, e alguns fóruns de discussão que tenho visto na internet (principalmente em redes sociais) nos últimos dias.
IMPORTANTE: O foco deste post NÃO tem a finalidade, de forma alguma, de criar polêmica em relação a quem é favor ou contra a greve que está ocorrendo. Sei que cada internauta tem seu posicionamento (a favor ou contra), seus motivos, suas ideologias que influenciam nisso, etc. Em momento algum estou tentando convencer, aqui, se greve é boa ou ruim. Minha finalidade com este post é APENAS mostrar para os estudantes que , se de alguma forma eles se sentem improdutivos com essa ''pausa'' do período letivo, que há formas de aproveitarem este momento e fazerem coisas úteis e produtivas, que beneficiem tanto eles quanto a sociedade, em vez de simplesmente ficarem se queixando de tédio. ;-) ''Manjaram''? ;-)
Pois bem. Há uma página pública no facebook criada por estudantes universitários da instituição na qual estudo, e na qual eles abordam temas diversos. Ela funciona assim: alguém manda para lá algo a ser postado publicamente na página pela administração, sem se identificar. E aí os internautas curtem, comentam, elogiam, dão bronca, etc...
Nos últimos dias, tenho percebido que um dos assuntos que mais está rolando por lá é a questão da greve que não acaba - e, não raro, vem postagens e comentários escritos mais ou menos assim:
''Tô cansado(a) desta greve porque estou sem nada para fazer em casa''
''Tô cansado(a) desta greve porque não aguento muito ficar em casa de pai e mãe por mais de uma semana'' [presume-se que o(a) internauta em questão teve de se mudar de cidade em função dos estudos, e gostou mais do novo ambiente].
''Tô querendo ocupar o tempo livre durante a greve para conseguir um dinheiro extra e ao mesmo passar o tempo; no entanto ninguém vai querer dar emprego para alguém que não sabe quanto tempo vai ficar ali e que pode sair do emprego de uma hora para a outra, já que nunca se sabe quando uma greve acaba'' . (O que, cá para nós, até COMPREENDO o lado de um possível empregador... ficaria difícil para ele se organizar e planejar a rotina de trabalho dele e dos outros funcionários! Acredito que a forma de um estudante arrumar um $$ extra, nessa situação, seria fazer algum ''bico'' informal - principalmente para parentes e conhecidos -, ou então criar um blog, um canal no You Tube, dar aulas particulares - principalmente nesta época do ano que tem muita gente tentando o Enem, etc.)
E por aí vai. Onde quero chegar: Muitos estudantes alegam, publicamente, na internet, que estão cansados da greve PELO FATO DE ESTAREM SEM NADA PARA FAZER, SE SENTINDO IMPRODUTIVOS E ENTEDIADOS DENTRO DE CASA.
Isso me fez lembrar de uma experiência que tive (e que relato neste texto) ... e que serve de dica ou sugestão para quem é estudante universitário e estiver ''sem nada para fazer em casa durante a greve''! :-) Dá, sim, para aproveitar este tempo sem aulas para adquirir novas experiências e habilidades que, sem dúvida, poderão turbinar - e muito!- seu currículo, experiência e ''networking'' quando as aulas voltarem... ou até mesmo quando você for arrumar um estágio ou emprego algum tempo mais à frente!
Claro que tem estudante que aproveita esse tempo ''sabático forçado'' (rsrsrs) para aproveitar e por em dia matérias que tem dificuldade, resolver pendências pessoais que normalmente em tempo de aula ficam difíceis de conciliar com o estudo, ou mesmo adiantando tarefas relacionadas a algum projeto de pesquisa. Mas se você não optou por nenhuma das atividades acima, este post foi escrito para você mesmo(a)!
Segue-se a experiência pessoal que prometi contar:
Lembro-me de que ''peguei'' uma greve na universidade, enquanto estudante, há alguns anos atrás. Ela foi longa. Sabem como aproveitei o tempo? Procurei a coordenação do cursinho pré-vestibular no qual eu tinha estudado antes de entrar na faculdade, oferecendo atividades de reforço de estudos para os alunos com deficiência visual que estudavam lá. Eu dava a eles monitorias complementares de reforço de Química, com base no material didático adotado no cursinho, e ainda transcrevia para o Braille as apostilas de Química para que eles pudessem estudar - já que recursos de áudio nem sempre eram suficientes e adequados para o aprendizado de uma disciplina que requer grande compreensão de gráficos, desenhos, fórmulas, esquemas, etc. A greve em questão tinha sido no segundo semestre do ano. Quando ela terminou, obviamente parei de fazer o trabalho voluntário, por falta de tempo e até mesmo por questões de deslocamento. Mas tive notícias de que a maior parte dos alunos que realmente estavam ''focados'' no preparo para o vestibular tinham sido APROVADOS!!! E, de quebra, acabei ganhando novos amigos! (Além de reforçar as amizades com quem eu já conhecia!)
Ou seja, foi uma experiência bem gratificante! Pude ajudar pessoas que precisavam, ganhei experiência em lidar com pessoas em uma instituição de trabalho, e ainda por cima fiz novas amizades (além, claro, de fortalecer as amizades que eu já tinha até então - já que era um ambiente que eu conhecia previamente.)
Quem acompanha este blog, já deve ter percebido que atualmente sou estudante de... Bacharelado em Ciência da Computação!!!! E aposto que deve ter internauta se perguntando:
''-Tá, mas em termos acadêmicos, o que essa experiência ocorrido há vários anos atrás acrescentou para você? Qual a utilidade dela para seu atual curso e carreira?? "
Lá vai a respostinha, querido leitor!!!!
Isto me ajudou MUITO a conhecer, de perto, a realidade da galera que não enxerga, na hora de estudar - principalmente matérias cuja metodologia de ensino é fortemente baseada em fórmulas e representações gráficas que os softwares leitores de tela não conseguem repassar para o usuário com deficiência visual. Ainda que fosse uma experiência de trabalho informal, ela me ajudou a ganhar ''pontos'' em processos seletivos na universidade para trabalhar como monitora remunerada de apoio a estudantes cegos - fazendo materiais didáticos adaptados para eles, só que usando recursos computacionais. Além disso, atualmente participo de um projeto de iniciação tecnológica na universidade, na área de Computação, cujo objetivo é desenvolver uma ferramenta que descreva imagens e fórmulas para estudantes de exatas que tenham deficiência visual (para matemática, física, química, etc.) Legal, não é? :-D
... E então... ? Você, estudante de universidade federal em greve, já pensou em aproveitar este tempo ''livre'' para fazer algum trabalho voluntário?
Mesmo que ele não dê dinheiro, ele pode abrir muitas portas - no sentido de lhe proporcionar mais experiência, mais ''jeito'' em lidar com pessoas e conviver num ambiente de trabalho, mais ''networking''... quanta gente, quantas instituições públicas e privadas precisam desta mão-de-obra voluntária?
Podem ser asilos... creches... instituições que auxiliam pessoas carentes... instituições que atendem pessoas com deficiência... que tal??? Caso você não se sinta confortável em algum destes ambientes (por timidez, por exemplo!), você pode ajudar alguém que você conheça, individualmente, que se enquadre em alguma necessidade listada acima.
Como, por exemplo, uma mãe que precise de alguém que cuide de seu filho pequeno para poder ir trabalhar. Principalmente se você é estudante de algum curso que envolva lidar com crianças, é uma boa forma de treino ... além de ajudar alguém!
Ou, então, dar um ''help'' para uma família que tem alguém doente ou idoso e que precise de uma forcinha nas atividades cotidianas. Principalmente se você for estudante de algum curso da área de saúde, já é um bom ''laboratório'' para você!
Ou, se você quiser, pode ajudar alguma pessoa com deficiência que você conheça e que esteja precisando de ajuda na escola, ou para estudar para concursos, etc. Principalmente se você for estudante de alguma área relacionada a ensino: olha que experiência interessante para você... e para a pessoa ajudada, também!!!
Seja qual for a forma de ajudar alguém, tem o saldo positivo tanto para você quanto para quem recebeu a ajuda! Para a pessoa a quem vc auxiliou, o saldo positivo é óbvio. E para você... além de ganhar experiência e contatos úteis, quem sabe dali podem surgir diversas amizades???
Geralmente, pessoas com deficiência quando são ajudadas, são bastante gratas - e, mesmo cessada a necessidade de ajuda em uma situação pontual, a amizade frequentemente permanece! Geralmente tais pessoas costumam ser muito discriminadas, deixadas em segundo plano... aí, quando se deparam com alguém que as ajuda e demonstra gostar delas como são, elas fazem questão de manter a amizade... que pode inclusive, estender a longo prazo! Legal, não é? E tais pessoas (sobretudo as com deficiência visual) acabam, ao fazer uma amizade, a aceitar a pessoa como ela É enquanto ser humano - e não por aspectos superficiais tais como estilo de roupa, sapato, cabelo, tipo físico, rosto cheio de espinhas, etc (já constatei isso por experiência própria, hehehe!!!)E você, o que acha disso? Tem alguma experiência para contar? ''Mande ver'' na seção de comentários, hehehe!!!
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