terça-feira, 30 de julho de 2013

COMO USAR O NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE DE SUA UNIVERSIDADE? (PARA ESTUDANTES)


Por: Débora Rossini

Oooopa! O post de hoje é um "manual de instruções" de como utilizar o espaço denominado "Núcleo de Acessibilidade" (*) de sua universidade! Então, se você é um estudante universitário com necessidades especiais, este texto é para você mesmo!!
(*) Algumas universidades possuem o referido espaço/setor com outros nomes, tais como: "Núcleo de Apoio à Inclusão", "Centro de Apoio a Necessidades Especiais", etc. Mas dá pra ver que são nomes diferentes , que variam de uma universidade a outra, que querem denominar a mesma coisa, ok?

Claro que cada Núcleo de Acessibilidade de cada universidade tem suas regras, que variam de uma instituição para outra. O objetivo deste post, portanto, é de trazer dicas/sugestões para você aproveitar o máximo possível deste espaço!




PRIMEIRAMENTE: O QUE É UM NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE?
É um setor da universidade que tem como finalidade suprir e atender às necessidades educacionais especiais de estudantes que as possuem. Assim sendo, tem como finalidade o suprimento de recursos assistivos para estes estudantes - equipamentos e materiais didáticos adaptados para quem tem deficiência auditiva, visual, motora, etc - e recursos humanos (ledores para cegos, intérpretes de Libras para surdos, apoio psicopedagógico, dentre outros.)                                                                            


E COMO USUFRUIR DESTE ESPAÇO?
Primeiramente, é bom que você - que possui necessidades educacionais especiais - tenha em mãos os laudos/relatórios médicos comprobatórios de suas limitações. Cada universidade tem suas regras em relação a onde você deve se dirigir com essa papelada toda (Setor de Saúde? Pró-Reitorias de Graduação/Pós Graduação ou de Assuntos Estudantis? O próprio Núcleo de Acessibilidade?) Bom, na universidade em que estudo, o aluno deve seguir este "ritual" aqui, descrito num post que já escrevi sobre o assunto... ;-)
Há universidades em que a própria Comissão do Núcleo de Acessibilidade indicará os procedimentos institucionais a serem feitos, caso o estudante precise de orientação para estes. Algumas solicitam que o estudante preencha uma ficha cadastral (tal como a UFSM - Universidade Federal de Santa Maria - por exemplo), a fim de proporcionar um acompanhamento mais "de perto" do aluno que necessite.
O aluno pode - e deve! - pedir ajuda a alguém do Núcleo de Acessibilidade sempre que necessário, para explicar seu problema (visual, locomotor, auditivo, etc) para os professores e monitores, para que as atividades acadêmicas sejam melhor desenvolvidas. 



"TOQUES" PARA UM BOM USO DO NÚCLEO DE ACESSIBILIDADE
1) Esteja sempre atento (a) às regras de funcionamento do Núcleo de Acessibilidade de sua universidade. Caso você não concorde com alguma determinação (afinal, cada caso de pessoa com deficiência é um caso, né?), converse - amigavelmente, pelo amor de Deus!!!! - com a pessoa responsável.
Por favor, NADA de bancar o "deficiente revoltadinho" (risos) na hora de reivindicar os direitos, viu? Seja educado, polido e lembre-se: quanto mais você colaborar com as pessoas que estão ali JUSTAMENTE PARA TE AJUDAR, mais fácil será para encarar as dificuldades numa boa! E lembre-se: quem tem algum tipo de deficiência, infelizmente, já tem "tendência" a ser discriminado pelas outras pessoas. Então, quanto mais simpático, educado e gentil você for, menor a probabilidade de os outros te deixarem pra escanteio. (Se isso já vale até para quem é, digamos, "normalzão" - rerrerré!!- imagine então para quem tem algum tipo de necessidade especial, né? É a realidade, meu leitor!!!)


2)Compreenda que ali é um espaço de USO COLETIVO. Portanto, seja cuidadoso com os equipamentos, materiais de estudo, materiais didáticos adaptados, etc. Tais apetrechos, como você tá careca de saber (risos) são caros, e frequentemente difíceis de conseguir!!! Se você estraga, por descuido, um computador, some com um cabo de um equipamento eletrônico, coloca objetos pesados em cima de um livro em Braille ou deixa arranhar o DVD com material multimídia visual para surdos, você não só está estragando o material que ajudará VOCÊ em seus estudos, como também tá tirando a chance de outras pessoas com necessidades especiais a estudar. PENSE NISSO, meu amigo!!! ;-)

 


3) Tirou do lugar algo? PELAMORDEDEUS, GUARDE assim que acabar de usar o treco!!! Facilita muito a vida da próxima pessoa que for usar a coisa - pois achará mais facilmente o objeto. PRINCIPALMENTE em se tratando de objetos usados por CEGOS - já que estes localizam as coisas por memorização da posição espacial, da gaveta, do armário, da prateleira em que estão!


4) Quis bancar o espertinho e levar , sem autorização formal, algum objeto pra casa, monopolizando seu uso??? Uuuuuuuhhhhhhhh ....!!!! (vaiando). A não ser que o objeto seja disponível para empréstimo - com a devida autorização e registro da pessoa responsável pelo setor, NADA DE ficar querendo levar fone de ouvido, regléte, DVD e outros objetos para sua casa! Larga de ser egoísta (risos), pois já-já vai aparecer outro colega seu precisando de usar o negócio na sala de recursos, e, aí... cadê o apetrecho? Se fosse com você, aposto que você não ia gostar, e ia ficar estressadão, não é verdade? ;-)


5) BOA CONVIVÊNCIA. Trate bem seus colegas com deficiência, compreenda as diferenças das necessidades especiais suas e deles, sem ficar estressando com ninguém. Parece difícil quando a gente imagina, por exemplo, pessoas com deficiência visual e auditiva compartilhando um mesmo espaço físico, dadas as diferenças de percepção ambiental e, sobretudo, as dificuldades de comunicação. Se você, enquanto pessoa com deficiência, tanto batalha por inclusão, aceitação e acessibilidade, dê o exemplo, ao aceitar seus colegas como são - e nada de ficar achando que você é mais "coitadinho" que os outros! Calma, tem espaço para todo mundo! :-)


"Peraí, mas e esse negócio de cego e surdo na mesma sala de recursos? Vai ser um caos na hora de se comunicar, né?"- você deve estar pensando.


Relaxa, que seguem-se algumas dicas espertas (TESTADAS E APROVADAS):
-Para deficientes auditivos que usam AASI ou IC (aparelhos auditivos) e que são oralizados: certamente não vai ter muita dificuldade para vocês interagirem com a galera que tem a potência visual baixa ou nula. Apenas lembrem-se que boa parte das pessoas com comprometimento visual esboçam poucas expressões faciais ao falar - o que pode atrapalhar um tiquinho a leitura orofacial feitas por vocês. Se isso acontecer, peçam para que eles repitam o que disseram, ou que ajustem a velocidade de fala que for melhor para vocês, ou peçam que aumentem o volume da voz caso seja necessário. 
-Surdos sinalizados (usuários de LIBRAS) com deficientes visuais: já que a tecnologia está aí, disponível, por que não valer-se dela para comunicar com o povo que não vai conseguir enxergar os gestos e expressões faciais de vocês? ;-) Simples: por meio de um computador (portátil ou desktop), sempre que precisarem de se comunicar dentro da sala de recursos (e não tiver um mediador ou intérprete disponível), façam o seguinte: ativem o leitor de telas para cegos; a partir daí, podem se comunicar digitando!!! :-) Você, surdo, digita; o cego ouve através do sintetizador de voz do computador; o cego digita a resposta;  e você lê através da tela! (Dica testada e aprovada que já funcionou várias vezes.)

E lembrem-se, galera com deficiência visual e auditiva: embora as percepções de mundo dos D.V.s e D.A.s sejam opostas (o "mundo" dos primeiros é percebido sobretudo pela audição, enquanto o dos segundos é percebido predominantemente por habilidade visuais mais apuradas) dá, sim, para ter uma boa convivência! :-) Quem sabe vocês podem inclusive ajudar uns aos outros (o cego "empresta" o ouvido pro surdo, e este "empresta" os "zôio" pro cara com deficiência visual)??? Rerrerré! Conheço um caso em que o professor com deficiência auditiva (parcial) e a aluna com deficiência visual (parcial) conseguiram, não só conduzir as atividades acadêmicas com êxito, como também se tornaram parceiros de projeto de pesquisa e grandes amigos. E, claro, aprenderam bastante com as limitações e habilidades um do outro - inclusive, compreendendo mutuamente as dificuldades de acessibilidade enfrentadas no dia-a-dia. (Que tal aprender com eles, rerrerré????)

 

6) LEMBRE-SE, MAIS UMA VEZ, DE QUE O ESPAÇO É DE USO COLETIVO. Nada de ficar achando que a sala de recursos é seu gabinete particular, rerrerré! Mesmo que , em determinado semestre, você seja o único estudante que frequenta a sala de recursos, no próximo pode ter um calouro que necessite de usá-la também. Ou mesmo aquele estudante veterano que, normalmente, não usa a sala de recursos por opção (prefere estudar em casa, ou na cabine da biblioteca com colegas , etc) mas que, em situações mais pontuais, necessite de usar a sala.

7) PARA QUEM TEM DEFICIÊNCIA VISUAL E USA LEITOR DE TELA. A menos que você esteja sozinho na sala, seja educado e, POR FAVOR, use os fones de ouvido ao estudar!!! Imaginem uma multidão de cegos na sala, e cada qual estudando uma matéria diferente através do computador "falante" ou de aparelho de mp3: se ninguém usar os fones, o ambiente vai ficar com aqueeeele falatório dos aparelhos, todo misturado... e, conseguir estudar mesmo que é bom, nada!!!

"Mas peraí... eu já vi em diversas reportagens que o uso de fones de ouvido por tempo prolongado, todo dia, acaba por causar danos à audição. Já sou 'ceguetinha', e não tô querendo ficar surdo não! Meus ouvidos fazem papel de ouvido e de olho, pô!" - você, que tem problema de vista, deve estar se perguntando.

Você tem razão de estar preocupado, meu caro leitor! (Veja inclusive este post que já escrevi sobre este assunto.) Assim sendo, te dou duas sugestões: se não quiser usar o fone de ouvido, então ponha o som externo no volume MÍNIMO - de forma que seja suficiente para só você escutar, e mais ninguém ficar incomodado. Afinal, normalmente quem tem deficiência visual tem audição mais desenvolvida, né? (A não ser que o cego tenha também dificuldades auditivas.) Use então isso a seu favor! A outra sugestão é pegar o par de fones de ouvido (desses de concha) e pendurá-lo no pescoço através do arco que une as conchas que emitem som. Regule o volume de forma que só você ouça, e que não incomode ninguém. Pronto! A fonte sonora estará perto de seu ouvido, mas não estará "em cima" deles sobrecarregando sua audição! ;-)

Essas são as dicas que tenho por hoje. Se eu tiver mais alguma ideia adicional, eu publico posteriormente!
E VOCÊ, LEITOR? GOSTOU DAS DICAS DADAS? TEM ALGUMA SUGESTÃO ADICIONAL? COMENTE AÍ NO ESPAÇO ABAIXO!!! :-)

O “SOPA” NA MÍDIA: REPORTAGENS SOBRE ESTE BLOG

Por: Débora Rossini

 
Oooopaaa! O post de hoje traz duas aparições do “Sopa” na mídia – e que já compartilhei no perfil do Facebook, na época em que foram veiculadas. (Não postei aqui até então, por pura falta de tempo, rerrerré! Me desculpe, leitor?) Mas agora estou falando sobre isso aqui no Blog – e aproveito para falar das duas em uma postagem só! :-) 

Uma delas é uma reportagem em vídeo, exibida recentemente pela TV Universitária da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Ela conta um pouco da história deste blog : como foi criado, como é mantido, quais os temas – e, claro, quais as opiniões a respeito dele, dadas por pessoas envolvidas com as questões relativas à Inclusão e Acessibilidade na referida universidade. 

No referido vídeo, foram entrevistados: o estudante de Física Felipe Fortes (sobre quem  já falei neste blog, rerrerré!) ; a Coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFLA, Helena Libardi; e, também eu, que, além de estudante da UFLA, sou responsável por este blog, rerrerré!!!

Gostei bastante da reportagem feita; a TV-UFLA está de parabéns!!! :-) Confiram o vídeo neste link.

Tem também uma outra reportagem sobre este blog, que foi feita em maio deste ano e que compartilhei “loucamente” (risos) no perfil do “Sopa” no Facebook! Ela é uma reportagem em texto, que foi publicada no site da UFLA, na página principal. Conforme eu disse no Facebook, gostei muito do texto feito!!! Para quem ainda não viu, olha o link aí!! 

Note que, na reportagem em texto feita no site da UFLA, fala-se tanto a respeito deste blog quanto da página “Driblando e Vencendo a Síndrome de Irlen”, também de minha autoria, que fica no Facebook.

E você, leitor? Gostou das reportagens feitas? O que achou? Comente abaixo!!! :-)


quarta-feira, 5 de junho de 2013

LICENCIATURA EM MATEMÁTICA E BACHARELADO EM COMPUTAÇÃO: QUEM DISSE QUE AS DUAS COISAS NÃO TEM NADA A VER????


Se você acha que esses dois cursos universitários "não dialogam entre si", e são "iguais a água e óleo em um mesmo copo"... prepare-se para ver um novo ponto de vista sobre isto, aqui neste texto!!!! ;-)


Por: Débora Rossini
Ooooopaa!!! A inspiração para escrever este post surgiu de um animado
bate-papo que tive com um professor de Matemática, grande amigo meu e com 
o qual tive a oportunidade de fazer parte do Estágio de Licenciatura, antes de 
trocar de curso universitário (eu fazia Matemática, depois troquei para Computação)! :-) Espero que as ideias aqui contidas sirvam de motivação para diversos estudantes universitários - seja para os de licenciatura terem ideias novas... ou seja para os de bacharelado, que cursaram anteriormente uma licenciatura, verem utilidade nos conhecimentos de Educação/Ensino já adquiridos (embora inicialmente achem que uma coisa não tenha a ver com a outra!) 
 
Como vários leitores (que acompanham este blog desde o começo) sabem, eu era estudante universitária de Matemática ; e que, depois de um tempo, fiz reopção de curso - para Ciência da Computação, que é o atual. Ou seja, eu era de um curso de Exatas da modalidade Licenciatura, e fiz reopção para um outro curso (similar), mas da modalidade Bacharelado. Assim sendo, pelo fato de eu ter tido esse contato com mais de um curso universitário, não é de se estranhar que eu aborde, neste mesmo espaço, assuntos relacionados à Inclusão, Acessibilidade, Tecnologias Assistivas, e ... Educação!
A essa altura, você, leitor, deve estar pensando: " 'Péra lá', mas o que essa universitária 'doidona' tem na cabeça? Mudou para um curso de modalidade diferente (apesar de ser da mesma área), então, quer dizer que perdeu todo o tempo fazendo matérias obrigatórias de Educação e fazendo parte da carga horária dos estágios de Licenciatura? E que, pelo visto, não servem para nada na atual graduação? Que desperdício de tempo e esforço, mmmm?"
A resposta é: "Relaxa...! Não se 'perdeu' nada, meu caro leitor! Muito pelo contrário: por incrível que pareça, o curso anterior, incompleto, tá ajudando a turbinar diversas atividades relacionadas com o atual!
Ou então, você, leitor, deve estar pensando ainda: "Já que está estudando é para ser bacharel, por que ainda insiste em ficar escrevendo sobre Educação num blog? Por que não fala só sobre tecnologia, como, aliás, muita gente da área de computação faz??"
Relaxa, leitor! :-) A ideia deste post é justamente mostrar que os conhecimentos adquiridos lá na Licenciatura em Matemática estão dando um 'turbo' e tanto nas minhas atividades desenvolvidas num curso de... bacharelado em Computação! E, claro, outro objetivo deste post é incentivar a galera de Computação e de Matemática a explorar a questão da interdisciplinaridade ao máximo!!! Rirrirrí!!!! Parece algo inusitado, né? Mas vamos às ideias!!!
A razão da minha mudança de curso é fácil de se compreender: eu queria MESMO era fazer Ciência da Computação; tentei ingressar no referido curso várias vezes sem sucesso, e, assim, optei por Matemática, que é da mesma área (Exatas) e que possui diversas similaridades em suas grades curriculares. (Entretanto, é claro que cada um dos cursos tem seu enfoque e sua proposta). A modalidade do curso de Matemática oferecida pela minha universidade era Licenciatura, então... matriculei-me nela, uê! :-) Embora eu leve mais jeito para lidar é com jovens e adultos - e as licenciaturas preparem o (provável) egresso para atuar é no ensino fundamental e médio- sei que muita coisa ali aprendida pode ser adaptada e aproveitada para o público mais "crescido". Inclusive ajuda a gente mesma, marmanjona estudante de faculdade (risos), a estar mais consciente do processo de aprender Matemática (e disciplinas nas quais ela é aplicada, tais como diversas de Computação, por exemplo), e aplicar isso na nossa própria hora de estudar. 
 
Aí, depois de alguns semestres cursando Matemática, veio finalmente minha oportunidade de ir para a Computação - tendo aproveitado diversas disciplinas obrigatórias e eletivas já cursadas e que são comuns a ambas as graduações, sem precisar fazê-las novamente ao trocar de curso.
Pois bem, galera: na universidade em que estudo, estou envolvida com diversos trabalhos que envolvem Inclusão, Acessibilidade e temas afins. Já fui, inclusive, monitora de auxílio a estudante com deficiência visual - e minha tarefa, a princípio, era confeccionar materiais didáticos computacionais/digitais adaptados às necessidades dele. No entanto, trabalhos desse tipo acabam por demandar uma maior atenção/envolvimento com o(s) aluno(s) atendido(s), bem como a necessidade de estar frequentemente conversando com professores de um aluno com este perfil, a fim de ajudá-los a ajudar esse (s) aluno(s). E, como se sabe, boa parte dos professores universitários têm a formação acadêmica em BACHARELADOS, e não em licenciaturas... logo, para darem conta de diversas questões didáticas em suas atuações profissionais, eles acabam tendo de correr atrás , frequentemente "por conta própria" - já que a formação universitária deles não teve esse enfoque. Logo, pelo fato de eu ter cursado diversas disciplinas de Educação, lá na Matemática, e de ter tido uma experiência de um semestre fazendo estágio em escola de ensino regular, fica mais fácil dialogar com os professores (e até de entender o ponto de vista e postura deles), a fim de, digamos, "ajudá-los a ajudar quem precisa". 
 
(Claro que vou dando "os toques" para esses professores com "jeitinho", sem parecer arrogante, né, galera??? Afinal, eles já são professores com doutorado, e eu sou uma mera aluna de graduação... é claro que não vou "passar por cima" de questões hierárquicas e de ética, sacam? Rerrerré!!!)
Sou , atualmente, estudante de bacharelado sim... mas, por estar em um ambiente de ensino-aprendizagem (a universidade) e no qual minhas atividades de trabalho consistem em "ajudar pessoas com deficiência a estudarem melhor, aproveitando o máximo da vida universitária", aplico os conhecimentos adquiridos no curso de licenciatura, que foi cursado parcialmente! Manjaram? :-) Não só presencialmente -ao auxiliar pessoalmente os colegas com deficiência e os respectivos professores - como também online: já notaram o tema deste blog, e as constantes dicas para professores e estudantes que dou aqui no "Sopa"? :-) Pois é, pois é, pois é!!! (Risos.)
Fica, inclusive, a sugestão para estudantes de computação que queiram mexer com essa área de Inclusão & Acessibilidade (computacional), ou mesmo na área de Informática na Educação, para cursarem - como eletivas ou optativas - algumas matérias que são oferecidas para licenciandos em matemática! Por exemplo: a galera da Computação que interessa por Informática na Educação, certamente, vai ver em disciplinas específicas do seu curso de bacharelado técnicas de programação e elaboração de ambientes virtuais de aprendizagem, de jogos educacionais, etc. Mas... e para ele saber COMO implementar o software/plataforma no ambiente escolar , lidando com a aceitação/rejeição das pessoas-alvo? Como será a realidade das escolas públicas e particulares, no que se refere a possuírem laboratórios de informática? Será que esses laboratórios são REALMENTE acessíveis a professores e alunos? Como é a reação e postura do professor, que, acostumado a trabalhar com lousa e giz, de repente vê-se "forçado" a aprender ferramentas de informática para dar aulas? Será que os alunos, num laboratório de informática, têm sua atenção/concentração sustentada por muito tempo, de forma a propiciar o aprendizado? E se tem aluno com necessidades especiais, será que o professor conhece as tecnologias assistivas computacionais apropriadas para poder trabalhar com esse aluno? Como compreender diferentes resultados, em diferentes contextos e culturas escolares, fortemente influenciados por questões sociais e econômicas? Estão aí questionamentos que rendem loooongas discussões em disciplinas de licenciaturas em Matemática - tais como Laboratório de Ensino de Matemática, Aspectos Didáticos e Pedagógicos, Metodologia do Ensino de Matemática e outras que já cursei...! ;-) 
 
Conforme eu disse para o professor de Matemática com o qual eu estive conversando: em diversas atividades relativas à Inclusão Educacional e Acessibilidade, com as quais me envolvo na universidade, auxiliando colegas e professores - mesmo num curso de bacharelado em computação, envolvendo-me com o desenvolvimento e implementação de tecnologias assistivas computacionais para estudantes com deficiência - percebo que tenho mais facilidade em desempenhar as tarefas graças ao embasamento que tive lá no curso de licenciatura! :-) Talvez, se eu não tivesse adquirido tais conhecimentos formais anteriormente, eu teria dificuldades - ou até impossibilidade - na hora de mexer com diversas coisas relacionadas à Educação Inclusiva (ainda que num contexto universitário), na hora de entender as coisas e mais coisas que passam na cabeça de um professor quando solicitado a auxiliar um aluno com dificuldades, na hora de ajudar meus colegas universitários com dificuldades de aprendizagem a buscarem soluções para seus problemas com os estudos, na hora de produzir conteúdo para este blog... Ou seja, mesmo quando a intenção é mexer/implementar uma tecnologia educacional, é bastante importante e válido não se limitar apenas ao domínio tecnológico, mas também saber lidar com as pessoas envolvidas com ela (professores, estudantes, bem como os contextos, ideias e posturas deles, etc.) 


E, de quebra, ao ser blogueira aqui no "Sopa", além de disseminar diversos conteúdos sobre inclusão educacional, ponho também em prática diversos temas abordados em computação: para fazer este trabalho, acabo tendo a aprendizagem prática de técnicas de SEO, de segurança computacional, de marketing digital, de análise de comportamento das pessoas diante das mídias sociais computacionais (o que rende óóótimas discussões na área de Informática & Sociedade)... além, claro, reproduzir conteúdo interessante e/ ou abordar novas ideias na área de Tecnologias Assistivas Computacionais (que, por sua vez, são recursos importantíssimos na inclusão educacional de estudantes com deficiência...)
E mais: muitos egressos de cursos de bacharelados em computação acabam se tornando, um dia, professores universitários (de computação)... Bom, eu não sei o que o futuro me reserva... vá que eu acabe virando professora também? Os conhecimentos adquiridos lá na licenciatura, devidamente adaptados ao público “marmanjão” universitário (risos) com certeza auxiliarão no planejamento e desempenho das atividades acadêmicas!!! :-) 
 
E VOCÊ, LEITOR??? O que achou das ideias expostas acima? Pitorescas? Inusitadas? Ou achou tudo isso uma verdadeira "viagem na maionese" sem fundamento algum? (kkkkk!) Comente aí! Mãos ao teclado, rerrerré!!!!! :-)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

DICAS DE COMO LIDAR COM ALGUÉM COM SÍNDROME DE IRLEN!!! (Para professores)

Por: Débora Rossini

Ooooopa!!!! No post de hoje estou trazendo algumas dicas para professores abordarem e lidarem com um(a) aluno(a) com Síndrome de Irlen (S.I.), nas atividades de estudo. Tive essa ideia após dar uma navegada pela internet e ver inúmeras dicas de "como lidar com pessoas com deficiências diversas". Senti falta de um "manual" explicativo sobre como lidar com quem tem a S.I. !!!

NOTA: Estou elaborando essas dicas tendo como foco os professores UNIVERSITÁRIOS, que lidam com estudantes jovens e adultos - pois esse é o tipo de ambiente com o qual tenho mais familiaridade (e que, portanto, sei falar sobre ele, rerrerré!!!) . Caso você seja professor(a) de ensino médio ou fundamental, e sinta-se inspirado em adaptar alguma(s) dica(s) aqui contida(s) para o contexto da escola, de acordo com a idade, maturidade e série de seu aluno, fique à vontade! :-)


Embora este post seja destinado a professores universitários, vou utilizar aqui uma linguagem leve e descontraída (como, aliás, é o costumeiro neste blog). A intenção é deixar a leitura menos cansativa, menos tediosa, e mais agradável... certo? Afinal, vocês, professores de faculdades e universidades, já devem passar boooooa parte do dia de vocês lendo longos e "densos" textos acadêmicos, não é verdade? ;-)  Segue-se o tutorial, então, que elaborei!


PRIMEIRA DICA: 
Não confunda pessoa portadora de Síndrome de Irlen (um tipo de distúrbio oftalmológico) com pessoa "com baixa visão"!!!!!

A não ser que a pessoa tenha a S.I. em comorbidade com miopia/hipermetropia/astigmatismo altos, ou em comorbidade com outras doenças oculares que causam visão subnormal (glaucoma, retinose pigmentar, catarata congênita, etc.), a pessoa com S.I. é alguém que, aparentemente, ENXERGA AS LETRINHAS NUM TESTE TRADICIONAL DE VISÃO TÃO BEM QUANTO VOCÊ! O que ocorre com quem tem S.I. é que, embora a quantidade de visão possa ser normal, a QUALIDADE é ruim ou péssima - já que o princípio básico desse distúrbio oftalmológico é a hipersensibilidade ocular excessiva à luz, que proporciona sensação de que as letras parecem "mexer ou dançar" num texto a ser lido, dificuldades de percepção de movimento.

SEGUNDA DICA:
Se, nas primeiras aulas, você notar algo de "diferente" em seu aluno, não se acanhe e aproxime dele!!! 

É bem provável que você não vá adivinhar ou detectar, de imediato, que um aluno tenha Síndrome de Irlen. Mas se, no início do ano ou semestre letivo, você notar algum aluno sentindo-se incomodado com a iluminação em sala de aula ou com as luzes vindas de lousas digitais, projetores de slides e similares, é bem provável que a fotofobia excessiva possa estar o atrapalhando no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, tem aluno que, para aliviar o incômodo descrito acima, usa óculos escuros mesmo em ambientes fechados, como a sala de aula, por exemplo. Isto porque nem sempre eles possuem os óculos com filtros espectrais que contornam o problema... ou até tem os óculos, mas que, por motivos diversos, mostram-se "fracos" em diversas situações e atividades.

Não fique acanhado, caro professor: encontre um momento adequado e o aborde... pode ser que o aluno esteja, sim, precisando de sua ajuda, mas esteja "sem jeito" de falar com você!!! (Lembre-se de que, para um estudante com deficiência, todo início de semestre ou ano costuma ser bastante desgastante psicologicamente... gente nova, colegas novos,professores novos... ele pode estar se sentindo tímido e desconfortável ao ter de, sozinho, ter de ser sempre o protagonista em tomar a iniciativa de se explicar para os professores!!! Se você abordar o aluno com "jeitinho", ele sem dúvida sentirá agradecido... para ele, é sinal de que você é atencioso e preocupa-se com ele! Certinho? ;-)


PERGUNTAS FREQUENTES:

"Quais são os principais sintomas do distúrbio oftalmológico denominado Síndrome de Irlen?" 
 R.: "A SI, como é comumente chamada, gera dificuldades nas atividades diárias e escolares, pois produz desfocamento, distorções do material gráfico, inversões de letras, trocas de palavras, perda de linhas no texto, desconforto nos olhos, cansaço, distração, sonolência, dores de cabeça, enxaqueca, hiperatividade, irritabilidade, enjôo e fotofobia, tudo isso após um intervalo relativamente curto de esforço despendido no processamento das informações visuais." (Para ler mais detalhes, leia na íntegra, direto da "fonte", rsrsrs!)


"O aluno me disse que tem Síndrome de Irlen. Como faço para ajudá-lo em sala de aula?" 
 R.: Veja o post "Adaptações na Escola, para portadores da Síndrome de Irlen", que já publiquei neste blog!


"Uso muito o data-show e retroprojetor para dar aulas. No entanto, quem tem S.I. tem fotofobia excessiva. Como conciliar minha necessidade de usar o equipamento com as necessidades visuais dele?"
R.: A resposta está aqui, neste post em que abordo justamente isto (e que também já publiquei neste blog!)  :-)


"Leciono num curso de Ciência da Computação. Como lidar com meu aluno que sofre de S.I. ,em aulas práticas?" 
 R.: Em primeiro lugar, verifique se ele usa os óculos com filtros espectrais, específicos para corrigir esse problema. Em caso negativo (ou mesmo se caso ele tenha os óculos mas eles não corrijam 100%), sugiro o seguinte:

- encoraje-o a abaixar o brilho e contraste do monitor do PC, na forma que melhor lhe convier;

-caso seu aluno tenha as "overlays" (lâminas de acetato apropriadas para facilitar a leitura de quem tem S.I.) e se adapte ao uso delas, encoraje-o a usar caso seja possível;

-ensine-o a aumentar a taxa de frequência de atualização do monitor do PC (Isso mesmo, AUMENTAR! Para pessoas com esse tipo de hipersensibilidade, a taxa de 60 Hz - que é a recomendada para as pessoas "comuns" (risos) - é ruim. O aluno deve ir experimentando frequências maiores até achar uma que lhe dê melhor conforto visual. (Foi uma oftalmologista, especialista em S.I., quem me falou!!!)

-encoraje-o a usar software leitor de telas, caso a leitura seja lenta e segmentada. Quem disse que esse tipo de software foi feito só para atender às pessoas cegas e de baixa visão? (Risos.) Ele ajuda, E MUITO, quem tem a leitura lenta e que, portanto, sente-se altamente fatigada com esse tipo de tarefa. (Pessoas com dislexia podem também fazer bom uso desse tipo de software.) Facilita, inclusive, na hora de fazer exercícios práticos de programação - pois, através da resposta sonora, a pessoa com S.I. pode aprender mais facilmente como se escrevem os comandos da linguagem a ser usada. (Para exercícios de programação, recomenda-se configurar o leitor de telas para o INGLÊS, já que as LPs encontram-se neste idioma...)
Exemplos de softwares leitores de tela livres e gratuitos: NVDA (para Windows), Orca (para Linux).

-mais dicas sobre tecnologias assistivas computacionais para quem tem S.I. encontram-se neste blog também - e podem ser encontradas clicando aqui. ;-)


"Sou professor de Computação e ministro disciplinas envolvendo programação. Como faço para ensinar uma disciplina dessas, adequadamente, para quem tem S.I.? "
R.: Além das dicas dadas no tópico anterior, tem um post que fiz neste blog, com dicas para ensinar e aprender ALGORITMOS E ESTRUTURAS DE DADOS. para quem tem S.I. Use as dicas que escrevi por lá, à vontade! :-)


"E as disciplinas de Matemática Superior dos cursos de Exatas (tais como Cálculo, Programação Matemática, dentre outras)? Como trabalhá-las com um aluno com S.I.?" 
R.: Inspire-se no meu "Manual de Sobrevivência ao Cálculo", que já publiquei neste blog!  Outras informações sobre dificuldades em Matemática, que implicam na leitura incorreta de símbolos, dificuldades de aprender e empregar corretamente a linguagem matemática, estão aqui.


Mais sugestões:

Para ler todas as postagens sobre Síndrome de Irlen que publiquei neste blog, clique aqui!

Para ler todas as postagens sobre UNIVERSIDADE E ACESSIBILIDADE que já publiquei neste blog, clique aqui! 

Para conhecer mais de perto a Síndrome de Irlen, veja a fanpage "Driblando e Vencendo a Síndrome de Irlen" no facebook (também de minha autoria). NÃO É NECESSÁRIO "LOGAR" NO FB para LER o conteúdo... (mas, para curtir e comentar os posts de lá, aí sim...)

Certinho? Agora, é aplicar as dicas e sugestões elaboradas e... boa sorte em suas atividades! :-)

DESEJA FAZER ALGUM COMENTÁRIO SOBRE O POST ACIMA? USE O ESPAÇO ABAIXO!!!  Mãos ao teclado, hehehe!!! :-D

POSTS RELACIONADOS: 
Estratégias de sucesso para professores que têm aluno(a) com Síndrome de Irlen

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Universidade Acessível

Por: Débora Rossini

Ooooopa!!! De volta à blogosfera, trazendo mais uma "rodada" de "Sopa" quentinha para você, rerrerré!!! 

Navegando pela internet, encontrei um texto, relativo ao projeto "Todos Nós: Unicamp Acessível", e que mostra diversos problemas e questões que afetam o acesso, a permanência e o prosseguimento dos estudantes com deficiência na universidade! Pelo que pude entender, parece-me que foi realizado um workshop, com oficinas, nas quais foram levantadas e mostradas diversas questões relacionadas à realidade dos universitários com deficiência na referida universidade paulista... e tudo o que foi observado e realizado ali foi documentado no texto a que me refiro! Segue-se o link: vale a pena ler!!! :-)

http://styx.nied.unicamp.br/todosnos/historico/workshop-todos-nos-unicamp-acessivel/livro/questoes_problemas.html

Listei alguns pontos principais do texto, que vale a pena ser lido por inteiro - e que seriam interessantes para "turbinar" políticas de inclusão e acessibilidade em todas as universidades - sejam elas públicas ou particulares- que existem por aí. Vale a pena refletir sobre os pontos destacados abaixo!!!
Olha só:

- Apesar de a sociedade ter o já famoso preconceito em relação às pessoas com deficiência, há, por outro lado, aquela atitude (talvez até inconsciente!) de a pessoa com deficiência querer "se esconder", "não aceitar suas limitações", "sentir constrangido em pedir ajuda".
Isto pode ser mostrado pelo seguinte trecho:  

"Foram citados os seguintes problemas com relação aos aspectos atitudinais: "o aluno com deficiência se exclui"; há, algumas vezes, "preconceito do próprio deficiente em relação à ajuda" que pode ser necessária para sua locomoção, comunicação ou aprendizado; em alguns casos, as pessoas com deficiência podem apresentar "problemas psicológicos"; há, em determinadas situações, um "individualismo do próprio deficiente" que aparece no seu modo de se comportar socialmente."

Ao meu ver, acredito que tal reação possa ser até uma espécie de "defesa" psicológica da pessoa com deficiência: ela já está tão cansada, tão desgastada psicologicamente com situações de preconceito, de não-aceitação, que acaba "negando" sua deficiência (mesmo que inconscientemente) e se "fechando" - a fim de tentar evitar mais situações que lhe tragam mais sofrimento... No entanto, tal atitude que a princípio parece ser uma autoproteção, na verdade acaba dificultando ainda mais o processo de inclusão... :-(

Achei bastante interessante um outro parágrafo do texto, que diz o seguinte:

"Entre os pontos levantados pelos participantes da oficina, foi destacada a existência de problemas da própria pessoa com deficiência em relação à sua condição. Alguns salientaram que a postura preconceituosa e a dificuldade em aceitar ajuda acarretariam a auto-exclusão dessas pessoas. Esses destaques indicam que os participantes compreendem que a inclusão não depende somente da disposição favorável de uma comunidade, mas também da pessoa com deficiência que, como agente importante desse processo, deve tornar claramente conhecidas as suas necessidades. Podemos dizer, então, que as pessoas com deficiência não deveriam entender a busca por apoio como um constrangimento, mas como legítimo exercício dos seus direitos."

Pois é... é aí que vem a história: para facilitar o processo de inclusão, ele necessita ser de "mão-dupla"; por um lado, a sociedade necessita aceitar aquela pessoa com deficiência; mas, por outro lado, essa mesma pessoa com deficiência necessita, digamos, se aceitar e "sair da toca" (risos) ... e mostrar para os outros suas necessidades, mostrar como os outros deve agir com esse indivíduo, etc - para que a sociedade saiba incluí-la adequadamente... RESUMINDO: por mais que a sociedade se conscientize e se "abra" para acolher a galera com deficiência, esta, por sua vez, tem de informar qual a melhor forma de lidar com ela... "sacou?" ;-)


Outra passagem interessante é a seguinte:  

"Faltam na opinião dos participantes, "campanhas educativas" que tratem desse assunto e uma atuação mais adequada e intensa da mídia (interna e externa à Unicamp), na abordagem do tema. Os participantes, apontaram que "a mídia não divulga materiais que facilitem, incentivem e eduquem as pessoas para a inclusão", assim como ainda não apresenta "programas educativos sobre as diferenças" que possam promover uma reflexão mais ampla sobre o tema."

Interessante MESMO!!! Afinal, tanto professores, quanto monitores, quanto funcionários, quanto colegas de estudantes com deficiência, PODEM E DEVEM ser informados da melhor maneira de lidar com quem tem problemas com a potência visual, auditiva, locomotora, de quem tem problemas de aprendizagem, etc... Atitudes como CAMPANHAS EDUCATIVAS NA UNIVERSIDADE, ENVOLVENDO TODA A COMUNIDADE ACADÊMICA, é de extrema importância... em vez de reduzir o grupo de estudantes com deficiência a um grupo "paralelo", com as medidas de inclusão limitadas apenas a eles!!! FICA A DICA PARA OS SETORES DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DE TODAS AS UNIVERSIDADES!!!!!

E você, que está lendo este texto? É professor ou estudante universitário? Possui alguma deficiência/limitação? O que achou deste post? COMENTE ABAIXO!!! :-) 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

"Blogando", "blogando", "blogando"...

Por: Débora Rossini

Ooooopa!!!! Olha eu cá de volta,pilotando o teclado aqui no "Sopa"!!!

Primeiramente, gostaria de pedir desculpas àqueles leitores assíduos do "Sopa" que enfrentaram um "jejum de postagens" (risos) nos últimos tempos!!! É que, conforme já contei aqui neste blog, também sou autora de uma fanpage no Facebook, que se chama "Driblando e Vencendo a Síndrome de Irlen" . E ela, modéstia à parte, está "bombando"!!! :-)  Acesse a referida página você também... as chances de você gostar e querer "curti-la" são altas, rerrerré!!!

Em cerca de três meses, a referida página está com quase 90 "curtidas" - um número que considero expressivo, se levarmos em conta que Síndrome de Irlen (um distúrbio oftalmológico) é pouco conhecida!!! Quase todos os dias, faço uma postagem nova por lá - afinal, esse assunto PRECISA URGENTEMENTE de ser mais conhecido e divulgado, a fim de atender melhor aos pacientes desse distúrbio (e seus pais, no caso de crianças), bem como de facilitar a professores e profissionais de saúde a lidar melhor com quem tem o referido problema de visão!!!

E não é que a fanpage está fazendo sucesso?? :-) Quase todo os dias, aparece uma nova "curtida", uma mensagem no mural (de visualização pública), uma mensagem "inbox" para minha leitura particular, mães de pacientes pedindo dicas, pacientes já adultos comentando sobre o conteúdo, e... um tantão de visualizações a cada postagem!!! Conforme já postei na referida página, fico muito - mas muito, mesmo!!!- feliz em poder ajudar as pessoas, a melhorar a qualidade de vida delas através de dicas, orientações, informações!!! Esse sucesso mostra que o trabalho está dando retorno!!!

Conforme já disse aqui no "Sopa" e lá na minha fanpage, eu não sou profissional da área de Saúde ou de Educação. Sou apenas uma estudante universitária que, há vários anos, se envolve em atividades e iniciativas que deem aquela "forcinha" a pessoas com necessidades especiais... Tanto online  (aqui no blog e lá na fanpage)  quanto offline (em atividades presenciais desenvolvidas na universidade em que estudo), rerrerré!!!!  Logo, mesmo sendo uma estudante que não é de nenhuma das duas áreas mencionadas, tento fazer minha parte para dar um "turbo" nas questões relativas à Inclusão e Acessibilidade... (Para quem não sabe, eu cursava Matemática na universidade, mas transferi minha matrícula para Ciência da Computação... sonho antigo, rerrerré!!!) E procuro estar sempre "ligada" no que se refere às Tecnologias Assistivas - especialmente aquelas de auxílio a pessoas com deficiência visual.

Minha fanpage, "Driblando e Vencendo a Síndrome de Irlen", na verdade está funcionando como um verdadeiro "laboratório" - visto que, ao contrário de outras condições limitantes (cegueira, baixa visão, surdez, etc), eu não conheço pessoalmente pessoas com esse distúrbio de visão (no qual a visão da pessoa é aparentemente normal, mas ocorrem distorções que afetam bastante o desempenho escolar/acadêmico, profissional e social de quem apresenta esse problema.) Assim sendo,eu já escrevi muita coisa sobre cegueira e visão subnormal aqui no blog, baseando-me não só em pesquisas na internet, mas também em vivências, adquiridas com a convivência com pessoas com deficiência visual. Mas e sobre Síndrome de Irlen...? Eu não conhecia ninguém assim, pra trocar ideias...! Tá certo que muita coisa pesquisei na internet (sobretudo em sites americanos), mas... eu sentia falta de "ouvir a voz da galera" - e esse foi exatamente um dos motivos que me motivou a criar a referida página!

Aí, através da fanpage e da consequente interação com os leitores desta, pude perceber que existem, sim, diversas pessoas com esse problema no Brasil, e que têm muuuito o que dizer (seja em forma de perguntas, seja em forma de compartilhamento de experiências)... Ou seja, elas EXISTEM, mas estão, digamos, "espalhadas" por aí - o que dá aquela sensação de que os portadores deste distúrbio estão "sozinhos". (Essa sensação é "turbinada" pelo fato de a Síndrome de Irlen ser pouco conhecida...!)  Assim sendo, com a criação e a divulgação da referida fanpage, notei que as pessoas com esse distúrbio sentem uma certa alegria em , finalmente, acharem um ponto de encontro (ou o "point da galera", como dizem os jovens, rerrerré!!!) a fim de se "agruparem" e trocarem experiências ... e não se sentirem sozinhos na hora de enfrentar as adversidades diárias proporcionadas pela Síndrome de Irlen - e pelo desconhecimento desta pela maioria das pessoas!!!

Noto também, pelos relatos no mural da referida página, que várias pessoas, já diagnosticadas, usam em sua maioria as "overlays" (lâminas especiais para leitura, feitas para quem tem Síndrome de Irlen); e poucas usam os óculos com filtros espectrais para corrigir ou atenuar o problema (que são mais difíceis de serem adquiridos, devido ao alto custo e a demora em ficarem prontos). Assim sendo, muitas pessoas em fase escolar possuem correção incompleta do distúrbio, já que, nem sempre, as "overlays" sozinhas "dão conta do recado", dependendo da intensidade com que os sintomas da Síndrome de Irlen se manifestam...!

Logo, minha vida de blogueira anda bastante agitada (risos)!!! E tenho percebido que minha tarefa de "pilotar o teclado" do computador tem sido bastante gratificante!!! :-) 

E você? Identificou-se com o conteúdo exposto acima? Manifeste-se na seção de comentários, rerrerré!!!!

sexta-feira, 1 de março de 2013

COMO ANDA SEU ESTÁGIO DE LICENCIATURA?


Se você é estudante de alguma Licenciatura e é estagiário com necessidade especial, este texto é para você! 
  
Por: Débora Rossini

Sabe-se que estudantes de Licenciatura têm de fazer o Estágio Supervisionado que é obrigatório. O MEC estipula que têm de ser cumpridas 408 horas de atividades relativas a ele durante a graduação - mas a distribuição semestral fica a critério de cada universidade (na universidade em que estudo, para a Licenciatura em Matemática são 4 semestres de 102 h cada, ao passo que tem universidade que coloca, por exemplo, 2 semestres de 204 h cada).
 
Conforme todos sabem, os estagiários têm direitos e deveres. Os deveres estão listados no Termo de Compromisso assinado no início das atividades de estágio - e incluem postura adequada a um ambiente de trabalho, pontualidade, assiduidade, sigilo de tudo o que acontece no ambiente de estágio (similar ao sigilo profissional de diversas ocupações de trabalho), ética e respeito , dentre outros. 
 
Entre os DIREITOS, é só dar uma “googlada” que você encontra aí. (Exemplos: a compatibilidade de horário com os estudos e o não-prejuízo destes; seguro do estudante contra acidentes, que a universidade deve fornecer; dentre outros.) No entanto, fiquei pensativa: e quais são os direitos específicos do ESTAGIÁRIO COM NECESSIDADES ESPECIAIS quando fazem disciplinas de estágio obrigatório de Licenciatura????

Procurei no Google, e achei alguns direitos que amparam o estagiário com deficiência - mas sem distinção entre o estágio de licenciatura (em escolas de ensino regular) e os estágios feitos por estudantes de bacharelado (normalmente, em empresas, repartições públicas, etc.) Por exemplo: um estagiário, normalmente, pode estagiar no mesmo local no máximo por 2 anos - mas o estagiário com deficiência , segundo o que vi na internet, pode pedir prorrogação deste prazo (já que ele costuma, na PRÁTICA, ter mais dificuldades em conseguir vaga em outro lugar, possui mais especificidades de acessibilidade, costuma ter maior "trabalho" ao se ambientar em um novo lugar devido às suas limitações, pode haver problemas de locomoção, etc.) Além do mais, todo local que oferece vagas para estágio É OBRIGADO a ofertar 10% delas a pessoas com deficiência na época de inscrições.

 
Fiquei pensativa sobre o assunto, e gostaria imensamente de saber se isso se aplica aos estágios de licenciatura em escolas. (TOMARA QUE SIM!!!!) Algum leitor aí sabe?

 Se você tem necessidades especiais e tá precisando de fazer essas disciplinas obrigatórias de estágio em escolas de Ensino Fundamental e Médio, leve estas ideias para o professor responsável por elas na faculdade, para o coordenador de estágios, e para o coordenador de curso da sua graduação. Elas são extremamente úteis a meu ver, pois:

-- como todo mundo sabe, o ambiente de sala de aula da Educação Básica, repleto de estudantes , digamos, "cheios de energia", oferece uma certa vulnerabilidade para o estagiário com necessidades especiais!!! Se o estagiário com deficiência sentiu-se melhor em uma determinada escola ao realizar o estágio (devido à estrutura, o perfil dos alunos, o fato de ter como "tutor" um professor regente que já o conhece e sabe como lidar com ele, já facilita E MUITO o andamento das atividades), então, por que insistir forçosamente em trocá-lo de estabelecimento sem motivo relevante? Há Colegiados de Cursos e Câmaras de Estágios que recomendam ou estabelecem que os estagiários troquem de escola periodicamente, para conhecerem realidades diferentes, o que, de acordo com os objetivos da disciplina, a princípio é válido - mas, para um estudante com deficiência, que é cheio de especificidades e vulnerabilidades, seria interessante ter uma flexibilização nessa regra... até porque, quando este futuro professor for trabalhar, ele vai escolher um estabelecimento que encaixe melhor nas suas limitações e habilidades, não é verdade? :-)

--Em caso de estagiário com deficiência considerada acentuada (ex: deficiência visual ou auditiva ou locomotora graves), seria interessante a possibilidade de a universidade enviar um acompanhante, oriundo da universidade, para auxiliar o estudante-estagiário com deficiência e garantir-lhe maior integridade física. Afinal, do jeito em que está a realidade nas escolas hoje, corre-se o risco de algum aluno da escola do estágio aproveitar da vulnerabilidade do estagiário e agir com má-fé, causando-lhe transtornos... :-( 

 
BOA NOTÍCIA: Já foi me relatado um caso em que um estagiário cego foi acompanhado pelo seu professor da faculdade, e que a medida foi bem-sucedida. :-)

--Há universidades em que o seguro obrigatório, garantido pela instituição de ensino superior ao estagiário, apenas contempla a questão da integridade FÍSICA PROPRIAMENTE DITA do estagiário (despesas médicas, hospitalares ou seguro pra família dele em caso de falecimento.) No entanto, não contempla segurança de órteses e próteses acopladas ao corpo de um estudante com deficiência (pernas mecânicas, artigos ortopédicos em geral, aparelho de surdez, óculos especiais que sejam raros e caros)!!!!! :-O
E aí? Os equipamentos mencionados têm custo elevado, e são de difícil reposição (não só pelo preço, mas também pela oferta - alguns são importados, e levam muito tempo para ficarem prontos de acordo com a prescrição do paciente). Sem contar que, quem adquire esses equipamentos pelo SUS, demora mais ainda para tê-los (devido aos procedimentos burocráticos que normalmente são feitos para a aquisição de tais apetrechos). Se quebrar, como é que fica a reposição de tais itens - que na verdade acabam por fazer parte da "anatomia" do estagiário com deficiência? Eles fazem falta não só para o andamento das atividades acadêmicas, como também para o próprio dia-a-dia da pessoa que os usa!!!!!! Basta um esbarrão/empurrão de mau-jeito, ou o ato de ser atingido por algum objeto jogado por algum aluno da escola ou alguma agressão física, que... o estagiário, incluindo sua prótese ou órtese de uso contínuo, estão em risco! Se esses equipamentos estragam, o conserto ou nova obtenção ficam INTEIRAMENTE POR CONTA DO ESTAGIÁRIO, PELO VISTO!!!!! :-O :-O


Sugestão: as universidades deveriam tomar providências para que o seguro obrigatório, no caso de estudantes com deficiência, os ampare adequadamente também... ou então tomem medidas paliativas enquanto isso não ocorre - tais como arranjar um acompanhante da universidade para ajudar a minimizar situações que possam danificar a prótese.

(Por exemplo: o estagiário com deficiência está explicando um exercício de matemática para um aluno da escola, e dois outros estão iniciando uma briguinha ali perto. Como é que o estagiário vai se sentir tranquilo em explicar o exercício pro aluno, diante da 'ameaça' de levar um esbarrão a qualquer momento? Ele tem de se "desdobrar" para simultaneamente concentrar em sua tarefa e ter de ficar atento para se proteger para não ter a prótese ou órtese atingida - algo que seria minimizado se ele não tivesse o equipamento... Aí é que entraria o papel do acompanhante - para ficar atento a isso e alertar o estagiário se necessário,deixando-o apenas com a "preocupação" de desempenhar a tarefa. )

Ou então, o professor responsável pela disciplina de Estágio na universidade poderia reduzir, para esse estagiário com limitações comprovadas, o cumprimento de sua carga horária dentro de sala (se ele assim o desejar) - para diminuir a probabilidade matemática de o estagiário ter seu equipamento danificado no local ... substituindo, assim, parte da carga horária que seria cumprida em sala, na escola, por atividades alternativas - tais como atendimentos individuais a alunos, preparação extraclasse de atividades, ou deixá-lo fazer pelo menos uma parte do estágio em centros de apoio educacional (com atendimento individual ou grupos pequenos de alunos) em vez de escolas regulares com 30, 40 alunos por sala!!

Claro que essas sugestões por si sós não resolvem totalmente o problema, mas já ajudam um pouco.

--Em relação à reserva de 10% de vagas em estabelecimentos para estágio, destinadas a estagiários com deficiência, vale a pena verificar se eles valem não só para empresas,mas também para escolas. Converse com o coordenador de seu curso universitário!!!! Veja por que tal medida é bastante útil: se as escolas tiverem 10% de vagas reservadas para estagiários com deficiência, estes podem escolher mais facilmente a escola em que melhor sentem-se adaptados para estagiarem, de acordo com suas limitações e habilidades, bem como a questão do deslocamento até ela, sem ter de "disputar" pelas vagas com os colegas sem deficiência (que, por sua vez, naturalmente, escolherão esta ou aquela escola por questões de comodidade e não de acessibilidade.)

Assim sendo, um estagiário com deficiência, que se sente melhor em uma sala de aula de um colégio particular pequeno (com 15 ou 20 alunos por turma) e que é mais próximo de sua casa ou faculdade, não precisaria de ficar preocupado em perder essa vaga pro colega sem deficiência (e que procura esse estabelecimento apenas para maior comodidade) e ter de enfrentar uma sala de aula com 40 alunos, longe de casa ou faculdade, tendo um trabalhão para se deslocar. 
 
NOTA: Mesmo que o estudante com deficiência não tenha dificuldades físicas de locomoção - tais como deficiência locomotora ou visual grave- há diversos casos em que ele, se for estagiar em uma escola mais distante, vai ter de pegar ônibus. E, dependendo do grau e/ou tipo de deficiência, ele não tem passe-livre ; ou seja, paga passagem para ir e voltar do estágio... e que é muitas vezes cara.
Levando em conta que um estagiário com deficiência já tem , por si só, mais despesas do que um sem deficiência - por causa de troca de próteses/órteses/manutenção de equipamentos auxiliares para o seu dia-a-dia - seria ,mais do que justo, priorizar a vaga perto de casa ou da faculdade para ele, não é? A economia com passagem de ônibus ajudaria a compensar as despesas inerentes às suas necessidades especiais - ou seja, o que ele gastaria com ônibus ele pode juntar para custear novos equipamentos auxiliares, novas tecnologias assistivas, novos aparelhos que necessitem ser trocados ou levados para manutenção periodicamente! (A não ser que ele seja visivelmente "MUITO BOM DE BOLSO", desses de classe social-econômica bem alta, cujas despesas adicionais com transporte - carro, táxi, ônibus, etc - somadas às despesas específicas das suas necessidades especiais não lhe tragam dificuldades financeiras,né??!!! Mas, em se tratando de uma pessoa com o $$$ "contadinho ali" como a maioria de nós, vale a pena considerar o benefício proporcionado por essa prioridade! )

Logo, diante de tudo que foi exposto acima, se você é estagiário com necessidade especial, não perca tempo: mostre esta página a seu professor responsável pela disciplina de Estágio Supervisionado, mostre para o Coordenador de seu curso, mostre para os responsáveis pelo Núcleo de Acessibilidade de sua universidade, e... bata um papo com eles! Troque ideias!!! Discutam soluções ou alternativas de acordo com a realidade da sua universidade!!! Se você realmente gostar de ser estudante universitário de alguma licenciatura, e quiser tirar o máximo proveito de seu curso, corra atrás de direitos que possam turbinar seu desempenho nas atividades curriculares! 
 
E então? O que achou das ideias propostas acima? COMENTE!!! É para trocar ideias mesmo! (Vá que eu esteja enganada em alguma ideia proposta... precisaria então de uns toques aqui para reformular o exposto, né???? ) ;-)

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

DICAS PARA TAMBÉM SER UM BLOGUEIRO!!!

 
Quer também ter o seu próprio blog, relativo às questões da Inclusão e Acessibilidade, mas não sabe como começar? O "Sopa" te ensina!!!! :-)

Por: Débora Rossini

Certo dia, eu estava trocando mensagens com uma leitora da minha fanpage no Facebook ("Driblando e Vencendo a Síndrome de Irlen"), e ela relatava, no mural da minha página, do pouco conhecimento das pessoas acerca do distúrbio oftalmológico denominado Síndrome de Irlen - e da "luta" dela em relação a garantir os direitos da filha dela na escola, que possui o referido distúrbio.

Sugeri-lhe, então, que ela fizesse como muitas mães/pais ou pacientes de crianças e adolescentes que possuem alguma necessidade especial: criasse um blog, de caráter informativo, que pudesse não só servir como "repositório" de informações que pudessem ajudar professores e administradores escolares, como também servir de espaço virtual para compartilhamento de ideias. A leitora pareceu achar a ideia interessante - mas alegou ter dificuldades em iniciar uma tarefa deste tipo.

Talvez existam por aí diversas pessoas na mesma situação, não? Afinal, esse negócio de ajudar na disseminação de informações sobre um determinado tema de interesse público ajuda muita gente. Eu mesma já aprendi muita coisa sobre deficiências visuais, auditivas, locomotoras e outras através de blogs escritos por pessoas que possuem esses quadros clínicos. Muita gente que, embora não seja profissional da área de Saúde ou de Educação, têm muita história para contar (sem tirar o mérito dos profissionais citados, rerrerré!!!), devido às suas vivências , experiências e sensações diante do fato de possuírem limitações - paralelas, claro, a diversas habilidades que lhes são peculiares.

Aí fica a grande pergunta que deve estar passando na cabeça de muita gente: "-Quero começar um blog, de cunho informativo, acerca de um determinado tipo de deficiência / necessidade especial, mas não sei como começar". 
 
Relaxa, meu amigo! :-) Seguem-se superdicas que podem lhe auxiliar:

1- Os pontos principais que, certamente serão abordados pelo blog, serão: a) O quadro clínico do tipo de deficiência relatada; b) Experiências pessoais (consultas médicas, convivência social com pessoas com e sem deficiência, vida escolar, acadêmica ou trabalho; c) Dicas que podem facilitar a vida de pessoas com o mesmo tipo de deficiência; d) Impressões pessoais acerca dos fatos listados nos itens anteriores. Para facilitar a localização dos temas das postagens pelos leitores, crie "marcadores" - que são uma espécie de divisão do blog em seções temáticas (navegue no canto direito da página deste blog e veja, na prática, como eles funcionam).

2- Se você não quer se expor, contando sua vida pessoal e chamando a atenção para sua pessoa, pode fazer o seguinte: narrar as suas experiências em terceira pessoa, dizendo "ele", "a pessoa com deficiência", em vez de "eu". Assim, dá para narrar um tantão de coisas interessantes sem se expor, se assim o desejar. 
 
3- Se você, pelo contrário, não se importa em se colocar como o protagonista das "peripécias de uma pessoa com deficiência" (ou pai ou mãe de uma), tudo bem. Mas tome cuidado em NÃO ficar expondo demaaaaaais sua vida pessoal ali (tipo: em que escola você ou seu filho estuda, em que local você trabalha, nome completo, nomes de familiares, todos os "hobbies" que você curte, locais que gosta de frequentar, etc). Já vi diversos blogueiros fazendo isso, e... cá pra nós, não acho isso legal, pois pode despertar a atenção de internautas mal-intencionados que não sejam apreciadores propriamente ditos do blog - mas sim pessoas que ficam de olho em informações dos outros, para práticas ilícitas. A internet é algo bem legal, mas tem lá seus perigos... tenha uma certa dose de malícia e fique de olho!!! ;-) Veja se o que você vai escrever realmente necessita ser dito ali - e tome cuidado com a FORMA que você coloca a informação na rede... ;-) Resumindo: conte o que realmente seja pertinente em um espaço público como a internet, e não todas as particularidades de sua vida íntima! Publicar algo na rede é o mesmo que discursar num palanque virtual. Pense nisso!!!!!

4- Blog exige dedicação. Encontre temas interessantes para ir "alimentando" a página regularmente. Procure se informar de blogs ou sites com temas semelhantes ao seu, e mantenha contato com os seus autores. Tipo: deixe um comentário lá, sempre tendo a ver alguma postagem que o autor fez... aí se ele interessar pela sua página e se ele gostar de uma determinada postagem, vai comentar na sua página também... ;-) Atenção: nada de "spam", viu? Ou seja: nada de aproveitar o espaço destinado a comentários na página alheia só para deixar o link da sua página e "nada mais". É considerado pouco simpático, entende? ;-)

5- Nada de ficar copiando assuntos pertinentes, de outros blogs ou sites. PLÁGIO É CRIME! Tente fazer o SEU diferencial, com os SEUS textos!!! Afinal, ponha-se no lugar de outro blogueiro: é "duro" gastar um tempão elaborando e digitando textos, para vir um outro "folgado" que quer ser blogueiro mas tem preguiça de escrever e... tal como uma espécie de "parasita" (risos!!!) só recorta o conteúdo "prontinho" e cola na página dele... aaafff...! Para copiar um texto de outro lugar, É OBRIGATÓRIO citar a fonte original, dando créditos ao autor... e,mesmo assim, procure obter AUTORIZAÇÃO dele(a), para evitar problemas com as questões dos direitos autorais. O mesmo vale para reprodução de fotos de outros sites.
 
Bom, mas se mesmo assim você achou MUITO LEGAL um texto disponível em outra página da internet e quer divulgá-lo (já fiz muito isso aqui no "Sopa"), faça o seguinte: que tal escrever uma resenha sobre o mesmo, como uma espécie de "convite" para a pessoa ler o texto original ? (E, em vez de copiar o texto em sua página, coloque o link, de forma que a pessoa acesse o site original para ler... isso evita "roubar" leitores da página original; pelo contrário, aumenta o número de visitantes delas; muitos blogueiros já demonstraram gostar da divulgação dessa maneira). Veja um exemplo desse tipo de resenha aqui. 

6- Se você tem perfil em redes sociais (Facebook, Twitter, etc), use-os para divulgar os links para seu blog, para as novas postagens que você fizer - bem como discutir assuntos pertinentes à temática dele. Ou então, se não quiser usar seu perfil pessoal para isso, crie um só para o blog... O perfil do Facebook deste blog, por exemplo, é o "Sopa de Números". Dá uma olhada lá!!! :-)

7-Se você dispõe de pouco tempo para escrever - ou então acha que não leva "jeito" para escrever textos longos , que tal se, em vez de blog, você construísse uma "fanpage" no Facebook? Uma fanpage é uma página temática que você cria, e vai alimentando-a sempre que tiver alguma ideia nova! Funciona como um "mini-blog". Conforme o nome diz, as pessoas que possuem conta no Facebook que veem e acham legal a página (ou seja, "fãs") clicam no botão "Curtir" que aparece nela. Uma vez feito isso, sempre que é publicada alguma atualização, elas recebem-na automaticamente, no "feed de notícias" dos perfis delas no FB.

8- A diferença de uma fanpage para um blog é que, nela, podem-se escrever textos mais enxutos e concisos, no "ato" em que você tem a ideia (isto é, desde que você tenha conexão à internet, rerrerré!) É mais fácil de divulgar e ter seguidores, pois o FB dispõe de ferramentas "prontas" de compartilhamento - e, como hoje em dia quase todo mundo que conhecemos tem conta pessoal no Facebook, fica muito mais fácil de uma postagem sua se propagar rapidinho entre leitores, tornando-se um "viral". Também, no Facebook, as pessoas parecem se sentir mais à vontade para fazer comentários que num blog (pelo menos, por minha experiência, noto isso; mas ainda não formulei uma ideia que explique o porquê. Quem tiver uma resposta ou uma outra opinião, por gentileza se expresse? Desde já, obrigada!). 
No Facebook, devido às ferramentas de busca dele, fica muito mais fácil localizar pessoas e instituições que porventura interessem pelo tema sobre o qual você escreve. Já num blog, essa tarefa dá um pouco mais de "trabalho" - pois você tem de fazer, "por fora do ambiente do blog", os contatos de divulgação (por e-mail, por perfis em redes sociais, por contatos com outros blogueiros), nos quais você tem de fazer o contato com quem lhe interesse escrevendo mensagens completas em e-mails ou seções de comentários (em vez de, com um simples clique, garantir uma "fatia" da divulgação, tal como na fanpage... com ela, basta entrar no perfil de um potencial leitor, clicar em "curtir" em algo que ele escreveu, e... o potencial leitor já vai saber que você existe!!!) 
 
Uma fanpage permite, portanto, uma propagação mais rápida , mais imediata, do conteúdo. Porém, elas têm o risco de ter vida mais curta - ou seja, enquanto a rede social que a hospeda for sucesso entre os internautas. Se ela começa a perder adeptos (como o caso do Orkut, que já teve seus tempos de sucesso e depois "caiu", perdendo espaço para o Facebook e outras), aí, já viu... :-( A não ser que você faça backup da página, e, quando uma nova rede social for a "bola da vez", você a reconstrua no novo espaço virtual copiando as informações... mas mesmo assim, quem garante que os recursos e ferramentas da outra rede serão os mesmos, a fim de permitir uma página criada no mesmo estilo... ? Hãããã...?) Os blogs, pelo contrário, são algo que vêm durando há muito tempo - e pelo visto, prometem ter "vida longa" ainda, tais como os bons e "velhos" e-mails. Desde o início da década passada, quando eu ainda nem manjava direito de computadores, eu já ouvia falar nos "tais de blogs" - que na época ainda eram encarados como "diários virtuais". Ou seja, blog dá um pouco mais de trabalho, mas promete ter vida muito mais loooongaaa!!! ;-)
Veja um exemplo de fanpage aqui.

9- Mais dicas para blogueiros iniciantes - o Google tá repleto delas, sobretudo em relação à parte técnica da "coisa": técnicas de SEO (para facilitar a aparição nos mecanismos de busca na internet), segurança computacional, dicas de parcerias com outros blogueiros, etc. Digite estes termos de busca, e ... dê uma olhada lá!!! :-) 
 
E então? Gostou das dicas dadas? Comente abaixo!!!!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Como comprovar, a todo instante, suas necessidades educacionais especiais, na universidade?

Por: Débora Rossini

Ooooooopa!!!! O post de hoje traz superdicas para aqueles estudantes que possuem algum tipo de necessidade educacional especial, e que precisam comprovar constantemente sua condição na instituição de ensino!!!!!

(Nota: O foco aqui é para universidades, pois é o tipo de ambiente em que mais conheço de perto em relação à temática do estudante com deficiência... portanto, é desse contexto que sei escrever melhor, né? ;-)  Mas se você é aluno da educação básica (ou pai/mãe de aluno da educação básica), tente se informar para ver se o procedimento é similar, ok? Mas eu acredito que devem ter semelhanças, sim... )

Muitos estudantes universitários com necessidades educacionais especiais seguem o já conhecido procedimento de, no ato da matrícula, apresentar ao setor responsável pela Graduação (Pró- Reitoria de Graduação, como é denominado em diversas instituições de ensino superior) toda a documentação comprobatória de que é pessoa com deficiência. Mas será que apenas esse arquivamento dos laudos médicos é considerado suficiente? 

Pelo que acompanho no dia-a-dia, não!

Mesmo com o laudo médico arquivado na universidade, diversos estudantes com necessidades educacionais especiais enfrentam, no dia-a-dia, dificuldades no que se refere ao planejamento de atividades com professores. Como, por exemplo: aquele estudante que tem maiores dificuldades de leitura e escrita, e que precisa de mais tempo para estudar e para fazer a prova - e que, quando vai "negociar" com o professor as condições mais adequadas para suas avaliações, veem uma certa insegurança do docente, uma vez que pode ocorrer de eles não saberem se dar certos tipos de "concessões" (digo, adaptações) a esse tipo de estudante é considerado dentro do regulamento da instituição ou não.

 (NOTA: Eles sabem, sim, que o estudante tem seus direitos assegurados por lei; porém, frequentemente, não sabem QUAIS as medidas são permitidas pela instituição de ensino para atender a esses estudantes e quais não poderiam ser feitas).  

Aí, o aluno tem de ter um trabalhããããão para convencer o professor de que determinadas práticas são aceitas e regulamentadas para estudantes como ele,e que outro professor de outro semestre já fez e que funcionou, etc... aaaafffff!!!!!!!! 

Nossa... será que todo início de semestre, o "coitado" do aluno tem de passar por todo esse "desconforto"?

Não, necessariamente!!! 

"-Uê, mas como assim?" - você deve estar pensando.

Relaxa, leitor! Vou explicar tudinho!!!! ;-)

Bom, sabe-se que cada universidade tem seu regulamento próprio, mesmo que sejam da mesma rede (ex: diversas universidades da rede pública federal, por exemplo). Vou citar o exemplo da universidade em que eu estudo - e aí, cabe a cada leitor verificar se isso coincide com a instituição em que ele estuda, ou se há adaptações. Bem, vamos lá:

Na universidade em que estudo, o caminho indicado para o estudante com necessidade especial ter seus direitos mais facilmente assegurados, sem constrangimento para ele e seus professores, é este:

Primeiro passo: no ato da matrícula (ou então, a partir do momento em que a pessoa torna-se estudante com necessidades especiais, visto que estas podem ser adquiridas ao longo do curso de graduação) , o estudante deve mostrar os laudos originais que atestam suas condições, digamos, "limitantes". Deixar uma cópia de cada laudo na DRCA (Diretoria de Registro e Controle Acadêmico), para ser arquivado junto com as fichas de matrícula.

Segundo passo: Dirigir-se à Pró-Reitoria de Graduação com cópias desses laudos, levando os originais, a fim de que haja autenticação destes. Em seguida, o aluno preenche um requerimento, solicitando que seja elaborada uma PORTARIA que dará direito ao estudante ter todas as adaptações necessárias.

Essa PORTARIA é um documento emitido pela universidade, que será redigido na Pró-Reitoria de Graduação. Será elaborado com base nos dados presentes no laudo médico (tipo de deficiência e quais as necessidades educacionais/adaptativas que esse estudante precisa de ter na universidade). Após uma reunião especial feita no referido órgão, ela é aprovada - e uma cópia é entregue ao estudante.

Terceiro passo: Assim sendo, todo início de semestre o aluno deve mostrar esse documento a cada um de seus professores, bem como ao Coordenador de Curso - e esse documento dá direito a adiamento/adaptação de provas, de desenvolvimento de planos de atividades adaptados de acordo com a necessidade, etc.

O modelo desse tipo de documento é mais ou menos assim:

"Portaria nº xxxxxxx , da data xxxxxxxx.

O [nome do órgão] , de acordo com as recomendações médicas que determinam o seguinte: xxxxxxxxxxxxxxx [escrever aqui o quadro clínico do paciente e de suas necessidades] determina que deve-se: conceder regime especial a(o) discente [nome completo deste] que deverá, ao início de cada semestre letivo, mostrar o teor deste documento aos seus professores, para, juntos, elaborarem um plano de atividades a ser seguido".

Certinho? Com as orientações acima e com a posse desse documento emitido pela universidade, fica muito mais fácil de o estudante conversar com seus professores sobre adaptação de atividades, sobretudo as avaliativas - garantindo-lhes quais as práticas que atendem às suas necessidades, amparadas pela legislação, sem estar infringindo nenhuma norma institucional. Ok, galera??? :-)


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

"Driblando e Vencendo a Síndrome de Irlen" !!!!!

Por: Débora Rossini

Ooooopaaaa!!! Navegando pelo Facebook afora, já encontrei diversas fanpages e grupos de discussão específicos sobre Síndrome de Irlen (S.I.) Nelas, pacientes, pais e educadores trocam suas ideias, impressões sobre a SI e como lidar com ela, dicas e truques para conservar os óculos espectrais e "overlays", etc. Entretanto, todas essas que encontrei estão em idiomas estrangeiros, sobretudo em Inglês (por serem americanas em sua maioria); não encontrei nenhuma em nosso idioma (a não ser páginas de instituições que oferecem tratamento desse distúrbio - e cujo objetivo, naturalmente, é estar divulgando os serviços e tirando dúvidas)...

Não que eu ache ruim ter essa "enxurrada" de fanpages sobre esse tema apenas em Inglês (ou então em idiomas europeus que boa parte das pessoas, assim como eu, desconheçam)... Pelo contrário: é uma excelente oportunidade para treinarmos o Inglês, idioma falado universalmente!!! As dicas encontradas por lá são legais, e várias delas já serviram de "matéria-prima" para desenvolver textos aqui no blog! Entretanto, por razões fáceis de entender, tais grupos virtuais de discussão acabam por não se inserirem no contexto da realidade brasileira (seja em relação à oferta de tratamento, seja em relação ao processo e tempo de aquisição de óculos, etc). É fácil de compreender o porquê, galera: cada país, com seus contextos, localização geográfica, indicadores socioeconômicos, políticas públicas de educação/saúde e diversas outras coisas, tem a sua "realidade" apresentada no que se refere às condições e acesso de tratamento da Síndrome de Irlen... certinho? ;-)  Por isso é que eu queria ver páginas do Brasil - até mesmo para convidar os internautas (que ali frequentassem) para conhecerem o "Sopa", rerrerré!!!!

Procurei, procurei por fanpages brasileiras sobre o assunto, e não encontrei. Claro que encontrei algumas que são mantidas por instituições que oferecem tratamento para quem tem SI - o que, claro, já é alguma coisa, hehehe!!!- mas o enfoque delas, naturalmente, é para divulgação dos serviços e tira-dúvidas dos pacientes (por sinal, muito boas, e que atendem aos objetivos delas!) Mas eu senti falta de grupos feitos por leigos - tais como pais, pacientes, professores, etc- que tivessem um objetivo mais amplo:  que dessem a oportunidade para que pessoas interessadas no assunto discutissem entre si, trocassem ideias, promovessem debates sobre a SI no contexto brasileiro, etc.

Diante disso, pensei: "já que não tô achando isso na internet, por que não criar um? Vai ver que tem mais gente, por motivos diversos, sentindo falta desse tipo de espaço virtual também!!!" E assim fiz! Criei e botei no ar ontem uma fanpage, sobre isso, no Facebook!!!!! :-D  (Quem souber de algum outro grupo brasileiro de discussão sobre SI no facebook, por gentileza me indique? Desde já, "valeu"!!! )

O nome dela é "Driblando e Vencendo a Síndrome de Irlen". Se você tem facebook, entre lá na página e clique em "Curtir"!!!! :-D
Além de ela agrupar os links para todas as postagens acerca de Síndrome de Irlen que fiz aqui neste blog, ela tem o objetivo de proporcionar um espaço bem gostoso e dinâmico para troca de ideias, debates e divulgação de novidades acerca do referido distúrbio oftalmológico. E, principalmente, de tentar conhecer mais de perto a realidade de pacientes BRASILEIROS com esse problema...


Então, se você é paciente de Síndrome de Irlen - ou se é pai/mãe/professor de alguém com esse distúrbio oftalmológico - ou se é profissional de Educação ou de Saúde, não deixe de acompanhar as novidades que aparecerem aqui no "Sopa" e lá na fanpage também!!! Fiquem à vontade para fazerem seus comentários tanto aqui no blog quanto lá no Facebook!

GOSTOU DESTA INICIATIVA? ENTÃO, COMENTE NO ESPAÇO ABAIXO!!!

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