Por: Débora Rossini
Ooooopaaaaa !!! Olha o Plantão do “Sopa” no Fórum de Integração Universitária, em Lavras/MG!!! O post de hoje fala sobre a palestra de ontem, “ "Implicações administrativas decorrentes da presença de um aluno cego em um curso de Graduação em Matemática. ", cujo prelecionista foi Renato Marcone José de Souza, doutorando
O tema abordado na palestra foi a história de um estudante de Matemática, de uma instituição federal, e que é conhecido do palestrante. Esse estudante tinha perdido a visão depois de ter ingressado no curso de Matemática. Com muita força de vontade e desejo de continuar fazendo o curso escolhido, o rapaz prosseguiu em seus estudos. É interessante destacar que, em meio aos estudos, o rapaz ainda teve de lidar também com a reabilitação – já que perdeu a visão adulto. Ou seja, tinha de aprender a viver como cego: desenvolver habilidades auditivas e táteis extras, aprender a andar com bengala-longa, reaprender a fazer as atividades da vida diária, etc!
No entanto, na época em que o rapaz era estudante de Matemática (final da década de 1990 e durante alguns anos da década de 2000), a instituição não estava preparada para atender a um aluno cego no curso de Matemática. Que metodologias utilizar? Como lidar com o fato de que esse estudante iria levar tempo extra, comparado com os colegas normovisuais, para aprender satisfatoriamente os conteúdos? Como fazer abordagens de tal forma que o processo de ensino-aprendizagem valorizasse as habilidades desse estudante (audição, tato, cálculo mental, capacidade de criar modelos espaciais mentais, etc) e não conflitasse com as limitações (visuais) do estudante?
Durante a palestra, o prelecionista foi mostrando todas as reformulações que a universidade teve de fazer, para que esse estudante deficiente visual prosseguisse no seu curso: adaptações de formas de dar aula, atendimento fora da aula regular (para facilitar a aprendizagem do rapaz), revisão de normas internas da universidade referentes ao tempo máximo de integralização curricular, etc. E, superando dificuldades e driblando barreiras, por vários anos, o rapaz conseguiu se formar!!!!
Após terminar a palestra, Renato Marcone abriu espaço para debate e troca de idéias e experiências – que foi muito produtivo, visto que tinham deficientes visuais entre a plateia. E a “Sopeira” que aqui pilota o teclado teve uma surpresa muito legal!!! Ela descobriu que Renato Marcone é um dos membros do EPURA- Grupo de Estudo e Pesquisa
Agora é com você leitor! Caso você também tenha assistido à palestra na UFLA, conte suas impressões no espaço de comentários! E se você que está lendo este post não participou , mas tem idéias interessantes pertinentes ao tema abordado, não fique acanhado: dê seus “pitacos” também !!!
E hoje, das 16 às 18 horas, tem uma mesa redonda, cujo tema é Acessibilidade e Inclusão!!! Se você é participante do evento, dá uma olhadinha no post de ontem- e veja direitinho o local e os dirigentes!!!
Olà, gostei donpost sobre a palestra do Renato e do grupo Epura.
ResponderExcluirÉ muito bom poder ampliar os contatos e fortalecer as açoes de educaçao matematica inclusiva.
Parabéns pelo blog.
Miriam Godoy Penteado
@Miriam Godoy Penteado
ResponderExcluirQue bom que você ficou satisfeita,Miriam!
Eventos tais como Semana Acadêmica, Semana de Cursos e similares, proporcionam realmente uma rica troca de experiências. Dá para a gente conhecer pessoas de diversas universidades, de diversas partes do Brasil (e , quem sabe, até do mundo?) e aprender diversos modos de pensar, de pesquisar, de implementar soluções pra questões diversas... muito legal! :-)
E,com as ferramentas tecnológicas proporcionadas pela explosão da internet, este intercâmbio entre as pessoas da área acadêmica se intensifica.
Mas o mais legal de tudo é quando a gente já "conhece" diversas pessoas e grupos de pesquisa via internet -- através de blogs, redes sociais, listas de discussão, etc-- e, em um evento que reúne diversos desses indivíduos, com interesses comuns, a gente descobre que aquele blog, aquele perfil em rede social, aquele avatar, aquele "nickname" que "conhecíamos" virtualmente, tem cara!!! Realmente foi uma surpresa bastante agradável.
Continue lendo o "Sopa" e participando no nosso espaço de comentários deste blog! :-)
Um forte abraço!